25 de novembro de 2016
Ele me chamou para sair e eu estava com muita cólica, ele me
ofereceu até chocolate, mas recusei o convite, fui ao cinema com a Joice e por
obra do destino ele simplesmente esbarrou em mim perto da balsa, ou ele é louco
e psicopata e não para de me seguir ou tem algo muito sinistro que nos liga em
todos os lugares.
A Joice disse que gostou dele e que a gente forma um belo
casal, imagina só, até ela que sempre discorda de mim.
Bom, hoje foi bem diferente, decidi aceitar o tal do
chocolate oferecido e fomos caminhar na praia de novo, mas dessa vez já havia
escurecido.
Enquanto andávamos, percebemos três rapazes que vinham para
perto, aquilo me assustou e pensei “Que ótimo, ser roubada logo hoje”, mas eles
nos olharam e atravessaram a rua e havia uma família do outro lado que eles
abordaram e levaram seus pertences, logo o Lucas com uma paz, uma serenidade...
Pediu que subisse em sua bicicleta, ligou para a polícia e saímos daquela parte
da praia.
Nos sentamos em frente a uma cafeteria na praia, tocava
cidade negra, coincidência ou não, uma música que sempre gostei e a mesma
tocava e só conseguia pensar em como aquilo estava perfeito, mesmo depois de
toda a adrenalina...
Quando bate a saudade eu
vou pro mar, fecho os meus olhos e sinto você chegar... ♫
Tínhamos tudo, hoje era o dia e nada poderia estragar, criei
uma risca com areia de praia perto do banco que estávamos sentados e proibi que
a gente ultrapassasse, porque se isso acontecesse, era certeza que nos olharíamos
dessa vez seria mais difícil resistir.
Olhei para o céu estrelado e pensei no quanto era gostoso
estar ali com ele e ele falava sobre contas matemáticas e despertadores, ou
algo relacionado a números, eu nem prestei atenção, só queria olhar para os
seus olhos.
Eu o beijei, sim, sem mais e nem menos, enquanto falávamos de
despertadores, aquele beijo não foi dos melhores, mas com certeza era o que eu
mais queria.
Me afastei e disse:
... Okay (respiração
forte) e ele me respondeu:
... Okay (respiração
forte e cara de quem estava bem confuso).
- Me desculpe, eu não
deveria ter te beijado, o céu nem está tão estrelado assim para ser romântico ou
algo do tipo, sabe...
Ambos olhamos para o céu, estava lotado de estrelas e ele
falou:
- Me desculpe, mas
esse foi pelas estrelas...
Ele me beijou e dessa vez deixei, já estava perdidamente
apaixonada, já queria sentir seus lábios nos meus para sempre, não adiantaria
de nada negar aquilo que no fundo, nós dois sabíamos que aconteceria hora ou
outra ... E voltamos para casa de mãos dadas, e ele se despediu de mim com um
beijo lento, demorado, mas que queria que durasse a noite inteira.
Naquela noite fiquei olhando para o teto e suspirando (Ou
para o que deveria ser meu teto já que estava sem o forro) tudo que conseguia
pensar e dizer para mim mesma era:
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