Ela queria escrever sobre tudo, sobre a tarde no horário de verão, sobre cores e tempestades, precisava mostrar o que tinha lá dentro, mesmo que ninguém concordasse com aquilo.
As vezes era de desacreditar que as pessoas não enxergassem as coisas assim, que ainda existisse pessoas que machucam por puro egoísmo e diversão.
Em uma tarde a quatro anos atrás estava sentada chorando pela primeira ilusão amorosa e jurou que jamais partiria o coração de alguém, foi isso que ela sempre evitou.
Não, ela não era um anjo, nem chegava perto disso, geralmente irritava as pessoas com a sua sinceridade, mas ela sempre soube que a ilusão doía mais.
Acho que a desilusão era o lema principal, dizer "adorei" sem ter gostado jamais aconteceria, dizer "eu te amo" e quebrar o coração de alguém estava fora do contrato de vida dela.
As vezes ela dizia coisas sem querer, magoava o coração das pessoas, mas nunca foi capaz de aceitar o próprio erro e sempre corrigiu aquela ferida, se você derruba uma pessoa, você deve ajuda essa a se levantar e se preciso for a fazer o curativo, sempre pensou assim.
Certo dia se machucou novamente com outra ilusão e tudo que mais queria era gritar para todos o que se passava no peito dela, mesmo que muitas vezes fosse coisa de momento e mesmo que já não concordasse com aquilo futuramente.
É nesse blog que ela derrama todas as palavras não ditas, que chora as vírgulas não usadas e neste também seca cada texto com um ponto final novo, se recupera e segue em frente, porque escrever vai além de criar uma história e um texto novo, mas vai de gritar sua história dentro de um pequeno texto.
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